segunda-feira, 7 de março de 2016

Dos amores de uma nova década

Não sei o momento exato que a bala saiu do revolver e atingiu nossos corações. Não sei quem caiu primeiro e se alguém, em algum momento, pediu socorro... Talvez você tenha pedido, mas eu no meu mundo, não ouvi.
 Eu sei que a bala em mim entrava lentamente, e deixava um rastro que eu não conseguia superar. Eu morria aos poucos...
Talvez o que nos matou foi uma corda no nosso pescoço ( igual a que eu usava no jogo do poderoso chefão), não permitindo a saudade e a intimidade individual. Uma corda que segura os dois, ao mesmo tempo, e nos pendurava. Eu sei, você sussurrou no meu ouvido várias vezes essa letra... mas fazer o que? "Muito ego, pouco eco". Eu sou sensível, você sabe? E tem palavras que me machucam mais que a corda que lentamente retirava o meu ar....
Mas sentada aqui, no meu castelo desmoronado, junto com os cacos das ilusões e do futuro um dia planejado... eu ainda não sei o que fazer com as marcas das feridas que se encontram no meu ser, na minha pele e na minha alma.

Meu coração chora e segue em frente, com aquela dor charmosa que transforma os dias em um filme francês, daqueles que eu gosto (e você nunca procurou saber.)

O amor tudo suporta, mas nada supera. Com a realidade não se tem perdão!

[ana carolina ~~~]