sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Prazer, Ana Carolina.

 Depois de um ano, daqueles que "abalam o mundo", sento na frente do computador e decido escrever. Primeiro tentar atualizar tudo que anotei de forma fragmentada, curiosamente, achei quase nada, mas ok! Já aprendi que temos que levar a vida na esportiva, porque levar tudo tão a serio? Tenho tantos episódios engraçados para contar e, já adianto (para eu mesma do futuro) que esse "post" não será como os de rotina, hoje vai rolar mais um desabafo talvez, não sei. Porque queremos sempre saber de tudo mesmo?

Bom voltando, ou iniciando, queria dizer que ao sentar aqui eu também me dediquei um tempo para revisitar tudo o que escrevi e... uau, que mulher foda que eu sou!!! Modesta parte, ou sem modéstia, foi bom pra caramba reencontrar essa Carolzinha de outrora, mesmo que melancólica, bolada, apaixonada, infantil... como eu sou boa em escrever!!! Em pensar que já achei o contrário. 

Também gostaria de registrar como é bom ter o nenê dormindo e o mozones na rua, e estar sozinha, aqui, vivendo esse momento. Momento que achei que nunca chegaria, e como eu me atropelei por isso e por tantas outras coisas. O tempo é o tambor de todos os ritmos, já disse Caê, e as vezes esqueço.

Mas assim, voltando (hoje eu quero abrir muitos parentes), mesmo encontrando essa carol, que eu tinha até esquecido, eu queria dizer que hoje eu me sinto como se tivesse chegado no topo da montanha. Talvez não a maior que eu vá escalar na vida, mas de uma bem legal que da pra ver o mar ao fundo. Não que eu tenha já subido em alguma montanha, não sou esportista! Mas eu sinto que passou, a nuvem passou e o sol abriu. Estranho que parecia que não, mas foi, passou! 

E eu voltei. 

Voltei com um filho e novas responsabilidades. Voltei com a libido, a sacanagem e a certeza da safada gostosa que sou. Voltei com vontade de fazer e aprender coisas novas. Voltei a me sentir "eu", mesmo já sendo uma outra versão. E eu voltei com todos os "mas" que a vida me permitir, porque dialética é isso, negação e síntese. E eu sou um furação. You don't now me.

Essa sou eu de novo. Prazer Ana Carolina. Ana Marley, Ana Kitkit, Carol, Carola, Carolina Jhones, Carolina Filth, Carolina Cantuaria, mãe do Ravi Caetano. 

"Respeito muito minhas lagrimas, mas ainda mais a minha risada"

ana carolina ~~ daqui de cima, do alto da montanha, no mar ensolarado, no esplendor de um novo dia. 

PIISCES - copilados de uma nova década

 E eu que fiz 30 anos e não me digeri? E as noites não dormidas que ainda não consegui chorar? E o corte na carne, no ventre, nos seios?

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engolindo a vida
as perspectivas
os projetos e planos

mastigando os dias
lentos e intensos
como um cigarro que queima
e te mata

defecando ansiedades
transtornos
e instabilidades

mas sigo bem nutrida
pelos risos que me acompanham. 

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sempre em edição
vou encontrando as palavras no caminho.


ana carolina ~a mãe ~ 2022