quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Changes (I'm going through changes)

Crescer é um processo, com temporais de saudade que te encharcam de melancolia. Crescer é dar tragos e tomar pileques, compreendendo o que antes era incompreendido. Crescer é florescer, mas primeiro você perde todas as suas folhas, e faz frio. É um inverno que temos, por designo divino talvez, que passar sozinhos, mesmo em meio a multidões.
Mas eu quero falar da saudade, e faz dez anos que eu a sinto com picos de intensidade.  Estranho fazer coisas que a outra nunca saberá... E tanta coisa mudou, eu tanto mudei e me mudei. Virei meio mundo e fui virada pelos meus próprios passos. Planejo fazer coisas que vão muito além dos sonhos que tinha há 10 anos, mas ao mesmo tempo, eles passaram a ser tão restritos...
Acho que a cor do adulto é marrom, mas me recuso a vestir essa roupa... fico péssima. Talvez um pretinho básico, com dias de roupa pink e cintilante. 
Mas ainda falando da saudade...  sinto falta do contato diário da minha rotina, e de todo o local confortável no qual eu cresci, e me reconheci como parte... é estranho crescer mesmo já sendo crescida. Estranho passar por mudanças e saber que o outro também se transforma. E pensar que em algum dia você pode tocar a campainha... e tudo estar diferente.
Um passo que eu dou e nada mais está no lugar, mas pra qual direção as mudanças caminham? será uma linha contínua ou dialética? Será que eu tenho retrocessos e meio aos avanços?
Eu que sempre gostei de agito, to com medo de ser liquidificada! Não quero cair em redemoinhos, mesmo sabendo que o certo é sair nadando pelo lado... Mas e se a vida realmente for um salto no escuro? Ai, eu me jogo, sou obrigada. Detesto comodismos! 
Crescer me da medo, mudar é difícil. Mas o novo sempre vem. A primavera floresce, e o verão sempre chega: quente, sensual, suado, fadigado e ao mesmo tempo cheio de disposição. Com temporais de saudade, sim, é isso mesmo. Mas as vezes é chuva de verão, trovoa, alaga, da medo, o céu fica cinza, mas  depois o Sol vem. Não podemos desesperar... ate porque no final das contas o que queremos é a marquinha do biquíni e beber uma cerveja gelada.
Eu vou deixa o mar bater, o vento me bagunçar! Vou pra cima, pra batalha (junto aos meus), pras mudanças, pra vida.... mesmo sendo isso tudo, essa confusão, esse jogo de sorte (e nem tanta sorte assim). 

Nenhum comentário: