sábado, 26 de outubro de 2024

"Eu só posso ter chamego com quem me faz cafuné"

 Hoje eu só quero escrever, para esquecer as mágoas e transbordar meu coração. Hoje eu só quero escrever e alinhar meus chacras e as expectativas. Hoje eu só quero escrever e vomitar nessas palavras todo o meu sentimento. Hoje eu estou cansada mas preciso escrever. Preciso falar, mesmo que ninguém me ouça.

Hoje eu quero dizer que eu sinto falta de tantas coisas. Parece que no meu retorno eu percebo que nada mais habita aqui, ou habita diferente no indiferente. E o que indefere parece ser seu, e eu sinto que não tenho mais um colo para chorar. Tenho outros, mas tem todos tem me dado o carinho. E eu me sinto de certa forma só. 

Ai, eu preciso escrever. Para não ter que falar. Para não lançar a seta que muda os destinos, mesmo que aos poucos. E assim eu vou, de um jeito diferente, nesse 26 de outubro. 


ana carolina ~~ 


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Bete capota, meu amor.

Cazuza disse "quem vem com tudo não cansa"
eu cansei 
balancei e sigo capotando, meu amor.

[anacarol

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Você (ou eu) não entende nada.

 Será a minha condição econômica que esta afastando as amizades? Será que a resposta diz mais sobre eles do que sobre mim? Talvez, não sei. Não tenho certeza dessa régua moral, talvez estejamos todos nos "nossos corres", escolhendo onde é melhor correr. Individuais mas sempre acompanhados de quem não tem filhos, e tem cartões, e um mundo de possibilidades para oferecer. 

Será a minha tristeza que tem afastado das relações? Ou meu filho e sua rotina? Ou meu filho e suas viroses? Ou meu filho que me faz ser mãe? E me faz gostar de ser mãe, e de cuidar, e de zelar. A resposta diz mais sobre eles do que sobre mim? A culpa não é minha por não ser mais mulher? Mas eu não sou tão mulher como tantas que fazem a roda da sociedade girar? Mulher como a mãe deles, que acorda cedo e coloca o café na mesa.

Fico tentando entender, entre culpas e martírios. Entre rezas e racionalismos. Lendo e me fazendo interessante, tentando equilibrar. E enquanto isso já arrumei toda a casa e organizei a rotina. Lembrei o remédio, da roupa, do lanche. Já beijei, transei, fumei, bebi, sorri. Me esqueci de todo vazio de dentro, do sentimento de estar perdida. Me entupi de rotina e amores familiares. 

Esse texto talvez não diga nada, ou  diga mais sobre mim, do que dos outros. Mas não quero julgamentos, só quero dar o fora. Você não entende nada e nem eu. 

ana carolina ~~